24/10 Defesa começa interrogatórios de testemunhas

Depois de quatro semanas, a defesa do médico Conrad Murray iniciou a apresentação de seu caso nesta segunda-feira, 24. Nos últimos dias, a promotoria interrogou um total de 33 testemunhas na tentativa de provar aos jurados que o médico foi o responsável pela morte de Michael Jackson em junho de 2009.

A última testemunha chamada pela promotoria foi o especialista em anestesia Steven Shafer. Ele começou seu depoimento na quinta-feira, 20, e encerrou nesta segunda-feira, 28. Steven disse acreditar que Murray administrou uma dose de propofol 40 vezes maior do que relatada por ele para a polícia.

Além disso, Steven não acredita que Michael tenha administrado uma dose do anestésico em si mesmo e considera a sugestão da defesa um "cenário fantasioso".

Com o fim do depoimento de Steven, a promotoria encerrou seus interrogatórios e a defesa pôde começar a chamar suas testemunhas. A primeira a depor foi a Diretora de Comunicação do Departamento de Polícia de Beverly Hill, Donna Noris, que apenas confirmou o horário da chamada de emergência feita pelo médico no dia da morte do cantor.

O especialista em vigilância Alexander Suppal e os detetives Orlando Martinez e Dan Myers foram chamados em seguida para perguntas rápidas sobre os procedimentos da polícia.



Nova estratégia
Depois de abandonar a estratégia de tentar provar que Michael Jackson causou a própria morte, a defesa tenta mostrar que a polícia fez um trabalho mal feito ao recolher as provas na casa do cantor. As gravações das fitas de segurança da casa do cantor que foram recolhidas no dia de sua morte não mostraram toda a movimentação do local.

Em seu depoimento, Suppal confirmou que só entregou aos investigadores do caso alguns minutos de filmagem, que mostram Jackson chegando em casa por volta de 00h45. A defesa queria ter acesso às 24 horas de filmagem para tentar provar a teoria de que outras pessoas estiveram na casa e provas do caso foram levadas.

Ainda segundo Suppal, a gravação completa não pode ser recuperada porque depois de 24 horas o sistema de segurança inicia uma gravação por cima do que já foi filmado. A polícia não fez cópias da gravação inteira porque o objetivo dos investigadores era apenas estabelecer uma linha do tempo de quando o cantor retornou para casa até o momento em que deixou o local de ambulância.


Fonte: globo/ego